Bebê internado em Umuarama após agressão continua sentindo extrema dor, dizem médicos.
Os pais da criança e principais suspeitos vão responder por tentativa de homicídio triplamente qualificado
A Polícia Civil de Cruzeiro do Oeste deu mais detalhes, no início da tarde desta quinta-feira (16), sobre o andamento das investigações sobre o recém nascido que foi internado em estado grave no Hospital Cemil de Umuarama com ferimentos decorrentes de um espancamento irão responder por tentativa de homicídio triplamente qualificado com agravante de motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima
De acordo com Karoline Bischoff, delegada responsável pelo caso, ficou entendido que as agressões ao bebê teriam se iniciado após uma discussão entre o casal, que entrou em vias de fato e acabou resultando nas agressões ao filho. “O casal começou a brigar entre si e posteriormente partiu para cima da criança”, afirmou.
Um outro fator que pode ter contribuído para o agravamento da discussão entre os suspeito seria o uso de maconha e cocaína que foram encontradas dentro da residência e possivelmente foram consumidas antes da briga. “Eles teriam ficado fora de si e após se agredirem passaram a agredir a criança”, continuou Bischoff.
Já a qualificadora de meio cruel teria sido pelas várias lesões e severidade dos ferimentos nos órgãos da criança, conforme foi confirmado pela equipe médica. “Ela sente extrema dor, mesmo sedada, mesmo intubada eles não conseguiram acabar com a dor da criança. Os próprios médicos disseram que ao manuseá-la ela se contrai devido à grande dor que está sentindo”, diz a delegada.
A última qualificadora é referente à vítima ser menor de 14 anos – no caso recém nascido – e pelo fato dos agressores serem os próprios pais da vítima.
Ainda de acordo com a delegada, em nenhum momento os autores confessaram os crimes durante as interrogações conduzidas pela Polícia Civil, tendo inclusive inventado três desculpas diferentes para os ferimentos constatados na criança.
“Primeiramente eles (os pais) falaram que poderia ser devido ao fato do recém nascido dormir junto ao casal na cama, então talvez durante o sono eles poderiam ter rolado em cima da criança causando os machucados. Em segundo momento apontaram que as lesões poderiam ser oriundas do próprio parto (…) e a terceira hipótese também levantada foi que o outro filho do casal, uma criança de apenas dois anos e meio de idade, estaria com muitos ciúmes do irmão, então teria derrubado o recém nascido no chão, bem como beliscando-o”.
Bischoff afirma que as três hipóteses foram totalmente descartadas pelos dos médicos que atenderam o recém nascido e que também foram ouvidos ao longo da investigação. “Tendo tais médicos afirmado que as lesões ocasionados no bebê foram oriundas de espancamento”, conclui.

via: Obemdito
informações: Hora News Notícias