Paraná

“NÃO É JUSTO TIRAR A VIDA DE JOVENS E CRIANÇAS”, DIZ MÃE DE VÍTIMA DE CHACINA EM CURITIBA

Polícia acredita que vítimas foram atraídas para emboscada; dois adultos e duas crianças morreram

Todas as vítimas da chacina, que aconteceu em Curitiba na noite de segunda-feira (7), foram identificadas no Instituto Médico Legal (IML). Familiares, que estavam bastante abalados, estiveram no local para realizar os procedimentos de liberação dos corpos. A mãe de uma das vítimas, que também perdeu a nora e o filho dela no atentado, lamentou a brutalidade.

“Eu quero que a polícia faça alguma coisa. Não é justo tirar a vida de dois jovens e crianças. Meu Deus do céu”, declarou a mãe de Anderson Olimpo Bueno Miranda. O rapaz, de 21 anos, estava no veículo com a companheira, o filho bebê e um enteado. Além deles, uma outra família estava no carro que foi alvo dos disparos.

De acordo com a investigação da Polícia Civil, que já ouviu os dois adultos que sobreviveram ao atentado, foi Anderson que marcou um encontro no local e pediu para esperar um conhecido na rua Pinheiro Guimarães, no bairro Portão.

“Possivelmente armaram sim uma emboscada. O casal que foi morto eu acredito que eles eram os procurados pelos atiradores, infelizmente, como o carro estava cheio, todos foram alvejados. Nós tivemos crianças mortas e, por sorte, esse casal sobreviveu e uma das crianças sobreviveu”,

disse o delegado Nóbrega Nóbrega.
Anderson e Bruna mantinham um relacionamento; um filho da mulher também morreu na chacina e um bebê, fruto da relação do casal, foi baleado no pé (Foto: Reprodução/ RICtv)

O líder da investigação ainda completou, “A gente acredita que o casal que morreu marcou encontro com indivíduos que a gente desconhece e esse casal, possivelmente o homem que morreu (Anderson), fez contato previamente e passou a sua localização para o interlocutor”.

Na chacina em Curitiba sete pessoas foram baleadas e quatro morreram, sendo duas crianças. Veja a identificação:

  • Bruna Bispo Dias, 20 anos – morreu no local da chacina
  • Anderson Olimpio Bueno Miranda, 28 anos – morreu no local da chacina
  • Cristopher Augusto Vaz, 7 anos – morreu no local da chacina
  • Guilherme Bispo, 2 anos – morreu no Hospital do Trabalhador
  • Ivan Ribeiro Toginsk, 21 anos – baleado, mas sobreviveu
  • Chaiane Kania Vaz, 29 anos – baleada, mas sobreviveu
  • Bebê, aproximadamente 6 meses (não identificado) – baleado, mas sobreviveu
Cristopher era filho de Chaiane, que foi baleada três vezes, mas sobreviveu (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

As quatro vítimas serão sepultadas nesta quarta-feira (9)

Chacina em Curitiba

Por volta das 21h desta segunda-feira (7), moradores do bairro Portão, em Curitiba, ouviram diversos tiros. Atiradores, em um veículo Ford Ka, dispararam contra um Fiat Pálio, da cor branca, que estava estacionado na rua Pinheiro Guimarães. Dentro do carro estavam sete pessoas, sendo quatro adultos e três crianças.

“Nesta noite um veículo saiu de Campo Largo com sete pessoas no interior, um veículo Palio. Na sequência ao chegar no bairro Portão, aqui em Curitiba, um veículo Ford Ka emparelhou e efetuou diversos disparos de arma de fogo, atingindo seis das sete pessoas que estavam no carro”,

explicou o tenente Tozetti.

De acordo com equipes de resgate, um casal baleado não resistiu e foi confirmado óbito no local. Já outros dois adultos foram baleados, mas resistiram. “As vítimas sobreviventes poderão esclarecer este fato melhor do que ninguém”, destacou o delegado Victor Menezes, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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(Foto: Marcelo Borges/ RICtv)

Além dos quatro adultos baleados, outras duas crianças, com idades entre 2 e 6 anos, foram atingidas por disparos na cabeça. Um dos pequenos, agora identificado como Christopher, morreu logo após dar entrada na ambulância, já a outra criança morreu no hospital cerca de quatro horas após o crime.

Foi confirmado nesta terça-feira (8), que um bebê de colo, de sete meses, que a princípio teria saído ileso, também foi atingido por disparos e levou um tiro no dedo do pé. No momento do atendimento, o bebê ficou com os policiais e depois foi levado ao hospital.

Ainda não há informações sobre a motivação do crime. Membros da Polícia Civil já trabalham para revelar novos detalhes e na busca da identificação dos suspeitos. “Não temos informação, as razões e o motivo que levaram a essa situação”, finalizou o tenente.

Fonte: Ric Mais

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